American Airlines Business Class GIG – MIA no B772

Minha primeira grande viagem de 2018 começou com base no meu retorno ao programa AAdvantage. Então, comprei minha passagem para voar com a American quase 10 meses depois de meu último voo com a empresa. Dei sorte de voar em uma cabine com um assento que ainda não tinha tido a sorte de experimentar, o B/E Aerospace Super Diamond, que pode ser achado no B787-900 e nos mais recentes retrofits do B777-200.

O VOO

O voo 990 da AA saiu do RioGalẽao 01:00 hrs e chegou em Miami cerca de 7hrs48 mins depois. O voo correu sem qualquer anormalidade, sendo bem tranquilo.

AA Business Class GIG – MIA B772 jan 2018

A CABINE

A cabine executiva do B772 tem a configuração 1-2-1, com todos os assentos virados para a frente da aeronave e com acesso direto ao corredor da aeronave.

Os passageiros que viajam juntos nos assentos centrais ficam bem distantes um do outro. Para mim, isso não é problema, mas conheço gente que não gosta.

Um ponto importante é que a aeronave estava impecavelmente limpa.

O ASSENTO

O B/E Aerospace Super Diamond é flatbed e tem um acabamento na cor grafite, que eu gostei bastante.

O espaço para as pernas é bom, mas o espaço para os pés é afunilado e, ao meu ver, desconfortável. Eu pessoalmente não gosto desse tipo de descanso.

Apesar de não ser uma Delta One nem uma QSuites, o assento consegue manter a privacidade com essa parte lateral superior mais extensa.

Diferentemente de outros assentos, a bolsa reservada às revistas e folhetos fica na lateral superior do passageiro.

O assento também conta com luz individual de leitura.

Há dois controles touchscreen para os passageiros. O primeiro tem a função de regular o assento e é de fácil manuseio e auto-evidente.

O segundo é o controle do IFE que fica dentro de um compartimento.

Ele também é fácil de usar e fica em uma boa localização.

Dentro desse compartimento também ficam a tomada elétrica, duas portas USB e a tomada do fone de ouvido.

A tela do IFE tem um bom tamanho e abaixo dela fica a mesinha, que não é móvel.

Ela é facílima de usar: basta abri-la.

Uma outra ótima característica desse assento é a quantidade de compartimentos para guardar os pertences pessoais. Há um na superfície da mesa.

Outro, na lateral inferior do assento, onde os comissários guardam a garrafa de água.

E há um terceiro, profundo, no descanso do braço, onde originalmente ficam os fones de ouvido Bose.

Para mim, o problema do assento é o estreito espaço para passar com as pernas/pés para a parte interna.

No mais, tudo estava em ordem e em ótimo estado de conservação. Imagino que esse retrofit tenha sido bem recente.

O AMENITY KIT E OUTROS PRODUTOS OFERECIDOS A BORDO

A AA também fez um update nos amenity kits do Cole Haan. Achei que ficaram sóbrios e bem mais bonitos que os anteriores da mesma marca.

O conteúdo é bom, com destaque para os cremes da ótima marca CO. Bigelow.

Além disso, neste voo já foram disponibilizados os novos travesseiros e duvets da Casper, a nova fornecedora da AA. Eles têm boa qualidade e são muito confortáveis.

O SERVIÇO DE BORDO

Eu acho que o ponto fraco da American Airlines é justamente aqui. O serviço é profissional e ponto. Aliás, melhorou bastante nos últimos anos. Quem já voou na AA raiz sabe como era o humor dos comissários. Eles olhavam para os passageiros com desgosto …

O menu já estava no assento quando embarcamos. Quem viaja na executiva pode escolher a refeição online em até 24 horas antes da partida do voo.

Eu já tinha optado pelo frango, mas era diferente daquele que foi oferecido a bordo. Eu só queria entender a logística dessas empresas. Na First da Lufthansa, o prato do menu não era exatamente o prato que foi servido. Agora na AA, apesar da proteína ser a mesma, o modo de preparo e os acompanhamentos não eram os mesmos.

A entrada com os pimentões recheados com hummus estava sofrível. Esse pãozinho aí estava uma pedra de gelo.

Tinham 3 saladas acompanhando o prato: a salada com tomates, alface e batatas cozidas, a salada de cenoura e repolho roxo e a salada de batata com mostarda em grãos. As duas primeiras estavam esquecíveis. E a salada de batata com mostarda veio quente. Não era temperatura ambiente: era quente. Quente como o frango – que estava razoável.

Para o café da manhã, prezei pela segurança e escolhi frutas e cereal com leite.

CONCLUSÃO

Em termos de hard product, é difícil bater a executiva nos B777 da American Airlines nos destinos entre o Brasil e os USA. Os assentos são modernos, flatbed, todos em configuração 1-2-1 e com acesso ao corredor. A variedade de filmes e séries é boa e a aeronave conta com wifi (não experimentei ainda).

O problema é o soft product que eu não vejo melhora. Mas como o voo foi noturno, isso não me afetou muito. Em primeiro lugar, o Admirals Club está muito bom e dá para entrar no avião sem fome. E eu também dormi logo depois do jantar. Em um voo diurno em que a gente demanda mais da tripulação, entretanto, já acho que seria mais complicado.

Ainda tenho mais dois voos em executiva com a AA nessa viagem. Vamos ver se melhora!